Nutrição e Atividade Física

Nutrição e Atividade Física

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Osteoporose

            De acordo com o American College of Rheumatology (ACR) a osteoporose é uma doença silenciosa caracterizada por redução e deterioração da massa óssea, levando a uma maior fragilidade esquelética e, conseqüentemente, a um aumento do risco de fraturas. A incidência anual de fraturas causadas pela osteoporose é quase três vezes maior do que a de infarto do miocárdio.

            O diagnóstico de osteopenia e osteoporose são realizados através da análise da história familiar, de fraturas, medicamentos, dieta e exercício físico. Seqüencialmente, realiza-se exame físico, radiográfico, exame de urina (estudo do metabolismo do cálcio) e a prova final, a densitometria óssea.

            Para a prevenção da osteoporose a prevenção de vê ser multifatorial. Entre as medidas preventivas, podemos citar:
- Dieta rica em cálcio e vitamina D
- Correção postural e exercícios físicos adequados
- Exposição à luz solar
- Eliminar o fumo
- Uso moderado de bebidas alcoólicas e que contém cafeína (café, chá, etc).
- Exames de densitometria óssea periódica

            Mais de 30% das mulheres após a menopausa têm osteoporose, e outras 54% têm osteopenia ou baixa massa óssea (baixa massa óssea por si só não é patológica, mas sim o associado aumento do risco de fratura). Os riscos de fratura em homens e mulheres acima de 50 anos são estimados em 13,1% e 39,7% respectivamente.

Nos EUA, em 2008, o custo anual só de fraturas do quadril chegou a 12,2 bilhões de dólares. Os custos humanos, incluindo desabilidade e perda da independência são enormes, 25% dos pacientes necessitam de cuidados a longo prazo e 250.000 mortes anuais podem ser atribuídas somente a fratura de quadril.

Os principais fatores de risco para a doença são:
- Sexo feminino (sendo que homens também contraem a doença)
- Raça branca (mais que amarela, mais que negra)
- Hereditariedade- histórico familiar
- Idade avançada (mas mulheres jovens também podem contrair a doença)
- Dieta baixa em cálcio
- Hormônios circulantes- baixo estrogênio circulante (mulheres) e baixa testosterona (homens)
- Sedentarismo
- Atleta do sexo feminino (tríade) exercício crônico, dieta de baixa caloria e amenorréia
- Medicações corticosteróides, anticovulsivos, ciclosporina, heparina e antiácidos
- Tabagismo
- Alcoolismo
- Outras doenças: diabetes, hiperparatiroidismos

            Os exercícios exercem efeito nos lugares específicos em que são aplicados, isto é, só ossos que são sobrecarregados serão beneficiados com a pressão exercida pela contração muscular. Atividades de impacto, ou atividades que impõem grandes sobrecargas aos ossos e de modo rápido como correr e pular, são mais osteogênicos. Para manter os efeitos positivos do exercício é necessário que se mantenha um treinamento contínuo durante toda a sua vida. Excesso ou exercício inadequado também podem levar a fraturas por estresse ou danos por fadiga. É essencial notar que o exercício beneficia indiretamente a densidade óssea pois, dentre outras coisas, estimula a secreção de hormônios tornando-os mais fortes, apesar de não haver ganhos significativos em massa óssea (1 a 3%), porém, o fortalecimento muscular é fundamental para a prevenção de quedas. O mesmo se aplica a atividades que melhorem o equilíbrio e a propriocepção.

 Não é possível recomendar um protocolo de exercícios apropriado para todos. Jovens, ou pessoas saudáveis podem se engajar em atividades com altas cargas como correr, pular corda, subir escadas, juntamente com treinamento contra a resistência para membros inferiores e superiores.

Pessoas de idade mais avançada devem aumentar seu nível de exercícios com peso sustentado com atividades de menor impacto como caminhar e complementar com o treinamento contra resistência para membros superiores e inferiores, preferencialmente com pesos soltos.

Caminhar ladeira abaixo ou acima além do uso de escadas levará o esqueleto a uma estimulação maior obviamente do que a caminhada no terreno plano.

A corrida associada ao ciclismo parece promover uma melhor contribuição para manutenção da densidade mineral óssea promovendo um estímulo global incluindo membros superiores, inferiores e vértebras.

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