Nutrição e Atividade Física

Nutrição e Atividade Física

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Diabetes Mellitus

            Diabetes Mellitus é um conjunto de situações resultantes da incapacidade do organismo em manter o nível de glicose no sangue dentro de limites normais, devido à deficiência e/ou ausência total de insulina, manifestando-se por anormalidades no metabolismo dos carboidratos, proteínas e lipídeos. Com freqüência o mau controle da doença leva a complicações micro e macro vasculares e neuropáticas. Dentre os principais sintomas encontram-se: micção freqüente (poliúria), sede exagerada (polidpsia); fome excessiva (polifagia); perda de peso rápida; fraqueza e fadiga; irritabilidade, náuseas e vômitos, visão borrada, formigamento nas pernas, pés ou mãos, infecções freqüentes ou recorrentes na pele, gengiva ou bexiga, cicatrização lenta etc.
            A Diabetes Mellitus pode ser classificada de duas formas:
 I) Diabetes Tipo I
É uma doença auto-imune que lesa irreversivelmente as células beta do pâncreas, usualmente levando a deficiência completa de insulina. Em estágios iniciais ocorre a presença no sangue de diversos anticorpos: anti-ilhota pancreática, o anticorpo contra enzimas das células beta (anticorpos antidescarboxilase do ácido glutâmico - antiGAD) e anticorpos anti insulina.

 II) Diabetes Tipo II
Caracterizado por graus variados de resistência à insulina, freqüentemente evolui para um estágio posterior de relativa deficiência na liberação de insulina. Dentre os fatores predisponentes, destacam-se: obesidade, sedentarismo, estilo de vida ou simplesmente o envelhecimento.

O tipo I, normalmente insulinodependente, afeta aproximadamente 5% de todos os casos de diabetes no mundo. O tipo II tem uma prevalência de 90% na população acometida por essa doença. Aproximadamente 5-10% dos casos de diabetes se devem a outras causas que geralmente são transitórias e não-crônicas, incluindo o diabetes gestacional (2-5%), diabetes induzido por drogas ou medicamentos, síndromes genéticas, infecções, etc.
            Os critérios estabelecidos para o diagnóstico de Diabetes estabelecido pelo American Diabetes Association são: glicose plasmática medida ao acaso, maior ou igual a 200 mg/ dl com sintomas; glicose plasmática em jejum igual ou maior que 126 mg/dl ou glicose de 200  mg/dl ou mais após 2 horas de teste de tolerância à glicose (TOTG)com consumo de 75g de glicose. Uma glicose plasmática de jejum (GPJ) menor ou igual a 110 mg/dl é considerada normal e entre 110-126 mg/dl é definida como uma condição de tolerância diminuída à glicose ou prediabetes .
            A Diabetes é a primeira causa de cegueira adquirida, de ingresso de pessoas em programas de diálise no 1° mundo e entre as três causas mais freqüentes na América Latina, importante determinante de amputação de membros inferiores e esta entre os principais fatores de risco para doenças cardiovasculares.
             Nos dias de hoje se sabemos que o exercício físico bem orientado ajuda no tratamento da Diabetes proporcionado, dentre outros, esses os seguintes benefícios.
- Diminuição da Hemoglobina glicosada
- Aumento dos níveis do HDL e diminuição dos níveis de colesterol e triglicérides
- Diminuição do peso corporal
- Aumento da capacidade física
- Aumento do bem-estar
- Melhora da qualidade de vida
- Maior captação de glicose pelas células

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Alimentação Complementar


Chegou a hora de introduzir “papinha” para seu bebê? E agora? O que oferecer?
Muitas mães se sentem inseguras ao se deparem com o momento de iniciar a alimentação complementar ao aleitamento materno. Porém não há mistérios, uma orientação segura de profissionais de saúde como o médico pediatra, enfermeiro e principalmente do nutricionista auxiliam nesta transição não comprometendo o estado nutricional e o crescimento da criança.
A alimentação complementar deve ser oferecida após os seis meses. Lembrando que até os seis meses de vida o bebê deve ficar exclusivamente no aleitamento materno!!
Os alimentos devem ser oferecidos nas refeições principais como café da manhã, almoço e jantar, deixando o leite materno para os lanches intermediários. Se por algum motivo o aleitamento for suspenso por completo, o alimento deve fazer parte de todas as refeições.
A princípio os alimentos devem ser oferecidos na forma pastosa, como purê, e gradativamente deve aumentar a consistência até chegar à alimentação da família. Lembrando que a melhor opção sempre é a alimentação saudável!
Para isso, deve-se oferecer frutas, verduras e legumes ao invés de frituras, doces e alimentos gordurosos! O bebê não sabe diferenciar o doce do salgado ou amargo, logo o preparo das refeições deve ser realizado sem adição de sal ou açúcar.
 Uma alimentação variada é uma alimentação colorida, diversificada e saborosa. Assim, você garante o consumo ideal de vitaminas e minerais para o crescimento e desenvolvimento adequado do seu bebê.
A mistura cotidiana de arroz com feijão é muito rica, pois fornece proteínas de excelente qualidade, comparável com as da carne. A oferta de carne e outros alimentos como leite, queijo, ovos e iogurte, também são importantes fonte de proteína de boa qualidade.
São necessárias de oito a dez exposições a um novo alimento para que ele seja aceito pela criança. Muitos pais, talvez por falta de informação, não entendem esse comportamento como sendo normal de uma criança e interpretam a rejeição inicial pelo alimento como uma aversão permanente ao mesmo, desistindo de oferecê-lo à criança.
Mais uma informação importante é que a comida deve ser preparada diariamente. Fazer uma panela grande de “papinha” para durar 3 dias não é correto! As vitaminas e minerais começam a se perder e ainda há o risco da comida estragar.
E a água deve ser sempre oferecida para a hidratação da criança!

terça-feira, 14 de junho de 2011

Hipertensão

A hipertensão arterial é uma doença crônica, não transmissível, de natureza multifatorial, na grande maioria dos casos assintomática, caracterizada pelo aumento da tensão dos vasos sangüíneos, comprometendo a irrigação tecidual, danificando os órgãos por eles irrigados. De acordo com a OMS, considera-se hipertensão uma pressão arterial sistólica maior ou igual a 140 mmHg e diastólica maior ou igual a 90mmHg.
            Atualmente no mundo há cerca de 1 bilhão de pessoas hipertensas, sendo que no Brasil esse número gira em torno de 20 a 30 milhões de pessoas. É a doença mais prevalente em adultos no país, sendo considerada primeira causa de aposentadoria, responsável por 40% dos óbitos no país. Cerca de 85% dos pacientes que sofrem de derrame, e 50% dos infartados são portadores de hipertensão.
           

Classificação     Sistólica      Diastólica            Seguimento

Ótima             < 120              < 80                   Reavaliar em 1 ano
Normal          < 130              < 85                   Reavaliar em 1 ano
Limítrofe       130-139          85-89                Reavaliar em 6 meses

Hipertensão

Estágio 1 (leve)      140-159         90-99         Confirmar em 2 meses
Estágio 2 (moderada) 160-179    100-109      Confirmar em 1 mês
Estágio 3 (grave)     > 180            > 110       Intervenção imediata ou reavaliar em 1semana


            A hipertensão arterial pode ser considerada uma doença silenciosa, pois os seus sintomas não são percebidos pelo portador. A maneira mais indicada para detecção da hipertensão é a medição regular da pressão arterial, o que pode ser realizado através de esfigmomanômetro ou por monitorização ambulatorial (MAPA). Vale ressaltar que as medidas encontradas por este segundo método são menores do que as medidas clínicas.
            Entre as medidas preventivas, pode-se destacar a medida da PA (uma vez por ano pelo menos) e alterações no estilo de vida tais como: redução de peso, moderação no consumo de álcool e fumo, prática regular de atividade física, redução de sódio na dieta e aumento da ingestão de cálcio, potássio e magnésio. Vale lembrar que tal conduta é livre dos adversos efeitos colaterais dos medicamentos e pode ser realizada a baixo custo.
            O tratamento medicamentoso pode ser feito através de remédios com diferentes ações no nosso organismo como, por exemplo:

- DIURÉTICOS: Favorecem à perda hídrica, diminuindo o volume sangüíneo.

- VASODILATADORES: Promovem dilatação das artérias em geral. Geralmente não afetam a resposta da freqüência cardíaca durante o exercício. Porém, pode se ficar mais suscetível à hipotensão pós-exercício.

- BLOQUEADORES DE CÁLCIO: Diminuem a capacidade dos vasos em gerar tensão. Podem esconder os sintomas de isquemia e reduzir a resposta da freqüência cardíaca ao exercício.

- BETA BLOQUEADORES: Diminuem a atividade do Sistema Nervoso Autonômico sobre o coração. Reduzem a Freqüência cardíaca máxima e submáxima além da pressão arterial e algumas vezes a capacidade de realizar o exercício quando combinado com outros medicamentos.

ALFA BLOQUEADORES: Reduzem as respostas da pressão arterial sistólica e diastólica no exercício mas têm pouca influência sobre as respostas da freqüência cardíaca e VO2 no exercício.
            
 O exercício físico aeróbio para hipertensos tem como objetivo elevar o gasto energético, controlar a pressão arterial, melhorar a aptidão cardiorrespiratória, envolvimento de grandes massas musculares. Enquanto os exercícios de força visam aumentar a massa muscular e o metabolismo em repouso, controlar a pressão arterial em atividades estáticas ou dinâmicas do dia a dia.

Observações Finais
 - Não se exercitar caso a pressão arterial sistólica e diastólica em repouso estiverem maiores do que 150 mmhg ou 100 mmhg respectivamente.
- Em casos de emergência, indivíduos com elevação da PA e lesão aguda de algum órgão-alvo, necessitam de hospitalização e medicação parenteral. Já aqueles que só apresentam elevação da PA, devem receber medicação oral, além de serem cuidadosamente avaliados os motivos que levaram a esse aumento da PA.
- Prestar atenção ao medicamento utilizado no controle da pressão arterial, uma vez que a maioria desses medicamentos pode exercer uma influência negativa no desempenho das atividades (ex.: O indivíduo pode chegar mais rápido à fadiga.)
- Interromper o treinamento ao sinal de dores de cabeça e/ ou dores no peito.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

AS GORDURAS DO BEM!

Gordura do bem? Isso existe? Sim, existe! Nem toda gordura vai aumentar o colesterol, engordar, causar danos ao coração. Existem gorduras amigas do coração e que, por incrível que pareça, elas também ajudam a manter a boa forma!

Incluem-se nesse grupo as gorduras do tipo ômega 3 e as do tipo monoinsaturadas ricas em ácidos graxos ômega 9.

O ácido graxo ômega 3, presente em peixes como salmão, atum, arenque e na sardinha e em grãos e sementes como na linhaça e quinua, é uma gordura de ótima qualidade e que possui propriedades antiinflamatórias.

A ingestão regular de ômega-3 na dieta tem efeito favorável sobre os níveis de triglicerídios, pressão arterial, redução da incidência de arteriosclerose, prevenindo desta forma as doenças cardiovasculares. Os alimentos fontes de ômega-3 devem ter presença garantida na nossa alimentação diária, principalmente com o intuito de PREVENÇÃO!!!

Já as gorduras monoinsaturadas (ômega 9) estão presentes em uma série de alimentos como o azeite de oliva extra-virgem, oleaginosas em geral (amêndoas, castanhas, nozes, pistache, avelã) e no abacate.

O ômega 9 é uma ótima fonte de antioxidantes. Seu consumo regular ajuda no combate ao colesterol total e no LDL (colesterol ruim) e aumenta o HDL (colesterol bom). Além disso, é antiinflamatório, podendo reduzir a oxidação através da inibição da peroxidação dos lipídeos e combate aos radicais livres, fator que está envolvido nas doenças coronarianas, no câncer e no envelhecimento.

Esses tipos de gorduras também ajudam a emagrecer! Isso é devido a grande presença de gorduras monoinsaturadas que são responsáveis por manter o nível de açúcar no sangue estável e ativar o metabolismo da queima de gorduras.  Mas nada de comer castanha cheia de sal! Dê preferência aquelas sem sal. Na hora da compra, se possível, compre na casca (por exemplo no caso das nozes)  para que se preserve mais os nutrientes.

Depois de todos esses benefícios mostrados, a orientação final é: inclua esses alimentos na alimentação! Tenha o abacate como mais uma opção de fruta na sua casa, faça os lanchinho intermediários com as amêndoas, castanhas e nozes, utilize o azeite na salada no almoço e jantar, aumente seu consumo de peixes, introduza a linhaça nas refeições ou nas vitaminas, faça receitas saborosas com a quinua! Todos esses alimentos, além dos efeitos benéficos, produzem a saciedade! Aproveite!!!