Nutrição e Atividade Física

Nutrição e Atividade Física

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Hipertireoidismo

Hipertireoidismo
            O hipertireoidismo é a doença autoimune mais prevalente nos Estados Unidos  e acarreta alterações somáticas e metabólicas generalizadas. O estudo das alterações na função muscular esquelética e composição corporal em hipertireoideos têm evidente implicação prática, visto que a doença é acompanhada de mudanças quantitativas, como perda ponderal e de massa muscular, e qualitativas, onde se observa a alteração da função intrínseca da musculatura.
            O hipertireoidismo (HT) está associado a uma fraqueza muscular generalizada a qual é parte do quadro clínico inicial de aproximadamente 80% dos pacientes. Além disto, esta disfunção muscular pode ser grave em pacientes recém-diagnosticados com doença de Graves, comprometendo sua capacidade de realizar atividades cotidianas.
            Um fator que contribui para a redução da força é a atrofia muscular, que tende a afetar mais comumente os grupos musculares proximais. Além disso, o hipertireoidismo é acompanhado de perda ponderal associada à depleção de massa muscular e tecido adiposo. Estudos demonstram que o tratamento medicamentoso é capaz de recuperar a força e mais lentamente a resistência, definida como a capacidade de sustentar cargas submáximas por períodos prolongados, e que o treinamento contra resistência associado ao tratamento medicamentoso, é capaz de promover um maior ganho de força e de resistência muscular nestes pacientes. Embora não tenha sido estabelecido um padrão de composição corporal na recuperação do peso após o tratamento da doença, sabe-se que pacientes submetidos ao treinamento de força apresentam recuperação de peso acompanhado principalmente de ganho de massa muscular.
            O treinamento contra resistência, também chamado treinamento de força, é um método efetivo de promover desenvolvimento músculo-esquelético, freqüentemente utilizado para manutenção da saúde, condicionamento físico, prevenção e reabilitação de doenças ortopédicas. As adaptações fisiológicas mais observadas com este tipo de treinamento incluem
ganho de massa muscular, e na camada de tecido conectivo e aumentos associados de força muscular e resistência. Desta forma, o treinamento contra resistência associado ao tratamento, é capaz de recuperar mais rapidamente aspectos da função muscular esquelética, proporcionando assim melhora da qualidade de vida em tempo mais curto, e podendo ser utilizado como um tratamento coadjuvante no HT.
            A miopatia esquelética e a perda ponderal são achados clínicos evidentes nos pacientes diagnosticados com hipertireoidismo. O tratamento, farmacológico ou não, é capaz de reverter tais características, sendo que a associação com o treinamento físico contra resistência pode acelerar a melhoria clínica e funcional destes pacientes. Assim sendo, a incorporação desta modalidade de exercício ao arsenal terapêutico tradicional do hipertireoidismo pode contribuir para um sucesso mais rápido e eficiente do tratamento.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Doenças respiratórias e o exercício físico

Para as pessoas menos acostumadas com temas relacionados a atividades físicas, pode parecer estranho afirmar que o exercício físico faz parte de um programa de atendimento ao alérgico, principalmente ao se levar em consideração que o exercício pode também provocar manifestações alérgicas.
A melhora na condição física, com os conseqüentes benefícios físicos e fisiológicos, permite ao alérgico suportar com mais tranqüilidade os seus agravos da saúde, pois aumenta sua resistência, sua tolerância ao exercício e sua capacidade de trabalho, com menor desconforto e redução de manifestações. A melhora do apetite, do sono e sensação de bem-estar também são fatores associados à melhora da condição física.
As atividades físicas, particularmente aquelas realizadas em ambientes externos e com maiores probabilidades de exposição e contato com inúmeros desencadeantes, são estímulos suficientes para provocar e agravar essa condição.
A criança pode ter mais que uma manifestação ou tipo de alergia física e essa condição pode ser agravada por uma atividade físico-esportiva específica assim como estar associada à ingestão de certos alimentos ou medicamentos. Tem sido apontado que a vasodilatação conseqüente aos exercícios facilita a distribuição dos mediadores/alérgenos para várias partes do corpo e traz à tona alergias latentes.
Um diagnóstico e orientações adequadas para um efetivo tratamento e controle dessas condições são fundamentais, de forma a garantir que as pessoas possam se beneficiar dos programas de atividades físicas e esportivas.
Serão abordadas as duas manifestações mais comuns.
Rinite induzida pelo exercício
A mucosa nasal apresenta uma variação espontânea, mas também pode ser alterada por exercícios e condições alérgicas. A atividade física em si pode não ser a principal causa desencadeadora dos sintomas, mas sim o aumento da exposição e contato com os alérgenos; tanto do ambiente interior (pó, mofo) quanto do ambiente exterior (poluição, temperatura e umidade do ar), decorrente do maior volume de ar que passa pela mucosa nasal durante uma atividade física. Dessa forma é muito mais comum que ocorram os sintomas associados aos exercícios físicos. A rinite induzida pelo exercício apresenta vários graus de congestão nasal, rinorréia e espirros, sendo cada vez mais apontada e reconhecida sua ocorrência, especialmente em praticantes de corrida e ciclismo. Atividades que coincidentemente são também as que mais provocam broncoespasmo induzido pelo exercício (BIE). Em torno de 40% das crianças com rinite alérgica tem broncoespasmo induzido pelo exercício, enquanto apenas 3% a 10% das não asmáticas tem o BIE. Deve-se ainda levar em consideração que pessoas alérgicas têm maior congestão e sensibilidade da mucosa nasal que as não alérgicas. Neste caso, também as medidas preventivas devem ser adotadas, lembrando que um tratamento profilático pode aumentar a tolerância ao exercício nas pessoas com esses distúrbios.
Broncoespasmo induzido pelo exercício
Se por um lado, as atividades físicas são benéficas e têm sido recomendadas, por outro lado podem ser provocadoras de broncoespasmo induzido pelo exercício (BIE). Os sintomas como tosse, dispnéia, aperto torácico e chiado após exercícios, são característicos. Geralmente professores de educação física e técnicos esportivos confundem esses sintomas com baixa condição física. Nesse sentido, para uma adequada orientação, é fundamental um diagnóstico, não só levantando a história quanto aos sintomas citados, mas também quanto a outros problemas clínicos associados, especialmente a rinite alérgica. Existem questionários, validados e de fácil aplicação, que são excelentes ferramentas para avaliação e detecção precoce do BIE.
A resposta do asmático diante do exercício é diferente da do não asmático. Há de se compreender que nem todas as atividades físicas provocam esse tipo de reação. Diferentes exercícios em diferentes intensidades provocam diferentes magnitudes de crises. Os exercícios podem ser classificados em mais asmagênicos (mais provocadores de crises), como a corrida, e menos asmagênicos, como a natação, por exemplo. O exato mecanismo responsável pelo BIE é incerto, sendo que o resfriamento e ressecamento das vias aéreas na atividade física parecem ser os maiores responsáveis. Chama-se aqui a atenção para a importância da respiração nasal durante as atividades físicas.
Na maioria dos indivíduos, o BIE consiste em uma única crise de rápido início e recuperação. Alguns podem desenvolver uma reação tardia (4 a 10 horas após o exercício). Inúmeros fatores podem agravar o BIE, como gravidade da asma, presença de obstrução nasal, tipo e intensidade do exercício físico, poluição atmosférica, temperatura e umidade ambiente, assim como associação à determinados produtos químicos (medicamentos, conservantes, corantes, etc.).
A obstrução nasal agrava e intensifica o BIE pela diminuição da capacidade de filtragem, pré-aquecimento e pré-umidificação do ar inalado. Embora existam inúmeras causas de obstrução de vias aéreas superiores, a mais comum e tratável é a rinite alérgica.
As estratégias não farmacológicas, que poderíamos chamar de preventivas, incluem atividades físicas de aquecimento de 10 a 15 minutos (a 50% do VO2 máx previsto para a idade), não realizar atividades em ambientes agressivos (poluição, presença de alérgenos, umidade, temperatura), evitar atividades mais asmagênicas (corrida, por exemplo) e restrição alimentar (tipo do alimento e tempo antes do exercício).
Uma boa condição física, onde ocorrem melhoras cardio-respiratórias e maior eficácia na mecânica respiratória, traduzida por melhores fluxos expiratórios, melhor ventilação pulmonar e conseqüentemente diminuição do volume residual, minimiza os impactos do BIE dando maior tolerância ao exercício físico, aumentando a capacidade de trabalho com menor desconforto e broncoespasmo.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Os sete pecados das dietas caseiras


1.      Fazer jejum – ao se fazer jejuns prolongados, o organismo poupa energia, gastando calorias de forma mais lenta. O ideal é se alimentar a cada três horas, sempre em pequenas porções para manter o corpo em atividade constante, queimando calorias em um ritmo maior. O jejum prolongado faz com que as vilosidades do intestino se achatem, prejudicando a absorção dos nutrientes.


  1. Abusar de comidas congeladas light – muitas vezes, o número de calorias impressas na embalagem dos produtos se refere a uma porção definida e não ao produto inteiro, o que pode gerar equívocos. Além do mais, os alimentos industrializados possuem uma quantidade elevada de sódio para sua conservação, isso acarreta em um aumento da pressão arterial, a longo prazo.

  1. Fazer regime sem supervisão especializada – para emagrecer com saúde é indispensável o acompanhamento de um nutricionista! Pois ele é capaz de avaliar as necessidades alimentares, a rotina das pessoas, os gostos, dentre outros.  As pessoas são diferentes, logo não há uma dieta padrão.


  1. Fugir de legumes, verduras e frutas – estes alimentos não costumam fazer parte das preferências populares, mas evita-los, principalmente em dietas, não é uma decisão correta. Afinal, são eles que mais contribuem para você fazer as pazes com a balança, pois são pouco calóricos, ricos em vitaminas e minerais e auxiliam na digestão.
 
  1. Comer frituras em exagero – as gorduras presentes nestas preparações são repletas de calorias e ainda demoram a ser digeridas. Substitua as frituras pelos assados ou grelhados.
 
  1. Exagerar na carne vermelha – as carnes vermelhas são as campeãs de gorduras. No entanto elas não devem ser abolidas do cardápio, uma vez que os aminoácidos presentes nas carnes aceleram o metabolismo. Dê preferência ao preparo de carnes grelhadas, pois são mais saudáveis e menos calóricas.

  1. Sedentarismo – este é o pecado capital dos que tentam emagrecer. Muitas pessoas não cultivam hábitos saudáveis como a prática de atividades físicas. Quando associados a uma dieta balanceada, os resultados são mais eficientes, além de aliviar a tensão do dia a dia e evitar outros problemas de saúde.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Como conquistar um bronzeado pela alimentação?



Deve-se estimular o consumo de alimentos que intensificam a cor da pele no verão, como por exemplo:

 - cenoura – você pode consumir como aperitivo enquanto toma o banho de sol ou na forma de suco misturado com uma fruta. Uma boa receita é o suco de laranja com cenoura;

- beterraba – na forma de sucos, saladas e sanduíches. Uma boa opção é um sanduicha natural com pasta de ricota e beterraba ralada;

- broto de alfafa – pode ser batido com sucos e consumido em saladas. Um suco de couve com laranja e broto de alfafa garante uma ingestão boa de vitamina C e um bronzeado perfeito;

- vitamina C presente na laranja, acerola; caju, podem ser consumidos em saladas de frutas ou nas saladas ou na forma de sucos e vitaminas. Seja criativo! Misture muitas frutas ou frutas com folhas verdes escuras e saboreie;

- magnésio -  presente nas oleaginosas. Podem ser consumidas como aperitivos respeitando as quantidades ou adicioná-las em saladas de fruta, sucos, iogurtes,

- sucos verdes - como o de couve com frutas, espinafre com frutas, clorofila ou apenas de folhas verdes escuras

- sementes - como a linhaça que pode ser consumida nos sucos, vitaminas ou nas saladas de frutas ou saladas cruas. Também tem o gergelim, semente de abóbora, semente de girassol.



Agora é só aproveitar o sol, porém com moderação!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Os benefícios do exercício aeróbio


Provavelmente você já caminhou na rua, correu, nadou, andou de bicicleta para se distrair o com algum objetivo especifico, como por exemplo, perder peso. Estas atividades citadas acima são denominadas de exercícios aeróbios, porque necessitam de uma grande quantidade de oxigênio para “queimar” os nutrientes que são estocados em nosso organismo através da nossa alimentação, principalmente as gorduras (triglicerídeos) e carboidratos (glicose e glicogênio). Esses nutrientes liberam energia para que nosso corpo se movimente.

A gordura é a forma de estocagem mais comum de calorias no nosso corpo, assim, uma das maneiras mais efetivas de nos livrarmos do excesso de peso e calorias sob a forma de gordura, é fornecendo energia para a execução de uma atividade aeróbia, como caminhar. Portanto, quanto maior for nossa capacidade aeróbia, mais acentuada será a queima da gordura em nosso sistema, tudo isso devido ao aumento de consumo de oxigênio.

Fazer caminhadas, correr, nadar, andar de bicicleta, faz bem tanto para a mente como para o corpo, trazendo vários benefícios para nossa saúde como: desenvolve a capacidade de raciocínio, mantém o tônus muscular, controla a pressão arterial, o peso corporal, melhora a auto-estima, combate o estresse e a depressão, proporciona a nutrição das juntas e cartilagens, eleva a capacidade pulmonar e imunológica, reduz a incidência de episódios infecciosos, entre outros.

O treinamento aeróbio proporciona importantes adaptações no sistema cardiorrespiratório (sistema responsável pela respiração e circulação sanguínea), que após certo período de treinamento, aumenta sua capacidade de oferecer oxigênio ao organismo. O condicionamento aeróbio é proporcional à capacidade do nosso organismo em captar o oxigênio do ar atmosférico, transportá-lo pela corrente sanguínea e utilizá-lo em nossas células como um gradiente para transformar substratos energéticos como a gordura, por exemplo, em energia mecânica (contrações musculares e movimento corporal). Fazendo exercícios aeróbios matamos não dois, mas três coelhos com uma paulada só: aumentamos nosso condicionamento físico, diminuímos os riscos de adquirirmos doenças como as citadas anteriormente e ainda utilizamos a gordura como combustível para o treinamento.

Para evitar riscos durante a pratica de exercícios em geral como lesões, por exemplo, deve- se procurar um profissional de educação física para uma devida avaliação de sua atual capacidade e para a formulação de um treinamento que respeite suas características e objetivos. ABANDONE O SEDENTARISMO!!!