Nutrição e Atividade Física

Nutrição e Atividade Física

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Exercício físico e gestação


Atividades físicas durante a gravidez normal e sem complicações podem beneficiar a mãe e o feto. A mãe adquire melhoras cardiovasculares, respiratórias e hormonais que propiciam um ambiente mais favorável ao desenvolvimento do feto. Os principais benefícios fisiológicos são:
- Prevenção de dores lombares, fadiga, depressão e ansiedade
- Prevenção da obesidade ou aumento da gordura corporal armazenada
- Redução da incidência e da severidade das intercorências pós-parto
- Melhora da auto-estima e do humor
- Melhora do equilíbrio postural
- Previne a diabetes e hipertensão gestacional
- Melhora do retorno venoso, prevenindo o aparecimento de varizes e a melhora nas condições de irrigação na placenta
- Aumento da tolerância do bebê ao estresse antes e depois do parto

Algumas recomendações devem ser seguidas visando uma melhor prescrição dos exercícios para mulheres gestantes tais como:
Avaliação Médica: As gestantes que pretendem iniciar atividades físicas devem fazer uma avaliação médica completa e receber orientações adequadas de quais atividades podem realizar, a intensidade, duração e freqüência, avaliando-se a relação risco-benefício. Devem ainda ser orientadas quanto aos sinais e sintomas que indicam a necessidade de interrupção do exercício. O acompanhamento médico deve ser sistemático.

Avaliação Funcional e orientação do treinamento: Fundamental para personalizar, motivar e dar segurança ao programa de atividades físicas. Ela consta de anamnese específica para gestantes, medidas da composição corporal, flexibilidade e equilíbrio postural. As atividades físicas são prescritas de forma a se obter a melhor relação risco-benefício, garantindo a saúde da mãe e do bebê.

Alguns critérios também devem ser avaliados. Se aparecerem, a atividade deve ser interrompida e a grávida deve procurar uma orientação médica. Esses critérios são:
- Corrimento do líquido amniótico
- Tontura ou vertigens
- Diminuição do movimento fetal
- Risco de Parto prematuro
- Sangramento vaginal
- Dor no abdômen ou tórax
- Sensação de falta de ar e fadiga excessiva
- Dor na panturrilha ou inchaço no tornozelo

 Existem contra indicações que podem ser consideradas absolutas (restrição até que a condição seja tratada e se apresente estável) e relativas (condição altamente variável. O exercício pode aumentar o risco, de forma que a atividade deve ser restrita, e a supervisão médica deve ser o mais próxima possível). Exemplos de contra indicações absolutas são:
- Doença pulmonar restritiva
- Gestação múltipla com risco de nascimento prematuro
- Persistente sangramento no 2º ou 3º trimestre
- Ruptura das membranas
- Pré-eclampsia

Exemplos de contra indicações relativas são:
- Anemia severa
- Obesidade mórbida
- Histórico de sedentarismo extremo
- Mau controle de diabetes tipo I
- IMC < 12 kg/m2
- Mau crescimento intra-uterino do feto
- Hipertensão arterial não controlada
- Hipertiroidismo mal controlado
- Limitações ortopédicas
- Fumante
- Bronquite crônica
- Arritmias supra-ventriculares
 

RECOMENDAÇÕES ESPECIAIS

- O ideal é treinar em um ambiente fresco e climatizado como, por exemplo, uma academia.
- A alimentação é muito importante antes e após as atividades físicas. Consulte um nutricionista ou peça orientações ao seu médico.
- A intensidade, freqüência semanal e duração devem ser controladas de acordo com os sintomas maternos.
- Fazer exercícios que já está habituada e evitar bruscos aumentos da performance.
- Exercícios de aquecimento e volta a calma são importantes e devem durar entre 5 a 10 minutos.
- Evitar ficar em pé imóvel, pois o débito cardíaco diminui.
- Cuidado para não engordar em excesso para não propiciar uma futura obesidade.
- Devem-se evitar exercícios na posição supina após o primeiro trimestre, pois a compressão vascular diminui o fluxo sangüíneo.

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