Nutrição e Atividade Física

Nutrição e Atividade Física

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Osteoartrite

            A Osteoartrite (OA) é uma afecção dolorosa das articulações que ocorre por insuficiência da cartilagem, ocasionada por um desequilíbrio entre a formação e a destruição dos seus principais elementos, associada a uma variedade de condições como: sobrecarga mecânica, alterações bioquímicas da cartilagem e membrana sinovial e fatores genéticos. Afeta tipicamente os quadris, joelhos, pés, coluna vertebral e mãos.
            Os fatores de risco da OA são a idade, gênero, raça, ocupação (traumatismos repetitivos, uso excessivo), obesidade, história de traumatismos articulares, distúrbios ósseos e articulares, mutações genéticas do colágeno e uma história de artrite inflamatória. Muitos indivíduos podem mostrar OA em um raio-x e não apresentar os sintomas da doença. Noventa por cento das pessoas acima dos 40 anos apresenta alterações degenerativas nas articulações de sustentação do peso corporal (quadris, joelhos e pés), porém sem ter nenhuma sintomatologia.

Até os 45 anos a incidência de OA é semelhante em homens e mulheres, a partir dos 50 anos ela é mais freqüente em mulheres. Homens mais velhos têm mais probabilidade de ter OA no quadril, enquanto nas mulheres prevalece nos joelhos e mãos.

A OA nos joelhos é mais comum em mulheres afro-americanas do que em mulheres caucasianas, assim como é mais comum em obesos e fumantes do que em pessoas fisicamente ativas.

            Os sintomas e características comuns da OA são:
- Dor localizada
- Rigidez dentro e ao redor da articulação
- Osteófitos (hipertrofia óssea)
- Destruição da cartilagem
- Alinhamento articular inadequado
- Problemas de movimento
- Fraqueza muscular
- Rigidez matinal (que pode durar até 30 minutos)
- Congelamento após a inatividade articular (dura poucos minutos)
- A dor que piora com a atividade, melhora com o repouso.

O tratamento da OA pode ser por meio não farmacológico, com programas educativos sobre esclarecimento da doença, motivação do paciente para o tratamento, prática de atividades físicas orientada, cuidados com rampas e escadas e ergonomia do cotidiano.

Exercícios terapêuticos com orientação são muito importantes no tratamento da OA. Exercícios de fortalecimento para ganho de massa muscular, (o fortalecimento específico do quadríceps deve ser feito nas OA de joelhos). Exercícios aeróbios para melhora de condicionamento físico são interessantes, já que a incapacidade funcional progressiva leva a uma queda de condicionamento físico, podendo causar até cardiopatias, HAS, e diabetes. Alongamentos são importante como parte da cinesioterapia. Órteses, equipamentos de auxílio à marcha, estabilização medial da patela, palmilhas anti-varo, estabilização do tornozelo, termoterapia, eletroterapia analgésica e TENS são muito utilizados no tratamento.

O tratamento farmacológico se vale de medicamentos analgésicos, antiinflamatórios, agentes tópicos, drogas sintomáticas de ação duradoura e terapia intra articular (infiltração intra-articular). Não há nenhuma contra indicação ou cuidado especial para a atividade física e a utilização destes medicamentos.

            Além dos benefícios comuns a qualquer indivíduo que pratique atividade física regularmente, há ainda melhora da dor, redução da rigidez matinal, melhora da amplitude articular, melhora do equilíbrio, maior independência no cotidiano, melhora na qualidade de vida, redução dos riscos de doenças como HAS, osteoporose, e diabetes (muito comuns em portadores de OA).

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