Dislipidemia - o que é??

           Dislipidemia refere-se às alterações nas concentrações dos lipídios sangüíneos (Colesterol, HDL-C, LDL-C, VLDL-C e triglicerídeos). Essas alterações elevam as chances da aterosclerose, favorecendo o desenvolvimento de hipertensão arterial, doenças coronarianas, infarto do miocárdio e derrame.

            O diagnóstico é feito através de um exame de sangue, com a verificação do perfil lipídico. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), existem duas maneiras de classificar as dislipidemias: Laboratorial e etiológica.

                                                

Laboratorial

Hipercolesterolemia isolada- Colesterol total (CT) e/ou LDL-C (colesterol ruim) elevados

Hipertrigliceridemia isolada- Triglicerídeos (TG) elevado

Hiperlipidemia mista- Colesterol total e triglicerídeos elevados

Etiológica

Dislipidemia primária Origem genética

Dislipidemia Secundária Causada por outras doenças/medicamentos

De acordo com dados da Associação Médica do Canadá (CMA, 2003) a doença arterial coronariana é a principal causa de morte no país, sendo responsável por 75% do nº total de óbitos. Estudos indicam que esse quadro também é semelhante nos EUA, sendo responsável por aproximadamente 500 mil mortes por ano, sendo considerada problema de saúde pública. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Cardiologia indica que, em nove capitais, o nível de colesterol total foi de 183 ± 39,8 mg/dl, sendo mais elevado em mulheres e indivíduos de faixas etárias mais elevadas.

Pode-se considerar como fatores de risco para a aterosclerose o fumo, hipertensão arterial sistêmica (pressão arterial 140/90 mmhg), HDL-C < 40 mg/dl, diabetes Mellitus (diabéticos são considerados como portadores de aterosclerose), idade > 45 anos para homens e  > 55 anos para mulheres, histórico familiar precoce de aterosclerose (parentes de primeiro grau <55 anos para homens e < 65 anos para mulheres)

De acordo com o American College of Sports Medicine, existem quatro estratégias principais de intervenção sobre as concentrações dos lipídios sangüíneos: dieta, medicamento, exercício e modificação no estilo de vida.

O exercício físico para uma pessoa com dislipidemia deve priorizar atividades que tenham como objetivo as melhorias dos componentes da aptidão física voltados à saúde como: Aptidão cardiorrespiratória, força e resistência muscular, flexibilidade e composição corporal. Além disso, é importante lembrar que uma sessão de exercícios provoca alterações nas concentrações de todos os lipídeos que perduram até 48 horas após a sua interrupção, sendo desaconselhável a realização de um exame de sangue antes desse período.

A atividade aeróbia deve ser a principal no programa de treinamento deste individuo, pois ajuda na melhoraria do perfil lipídico. Quando os exercícios aeróbios são realizados sem modificações nos hábitos alimentares, provocarão elevações nas concentrações de HDL-C (colesterol bom) e reduções nas concentrações de triglicerídeos. Atividade física atrelada a uma boa alimentação e acompanhamento médico é a chave para o sucesso no tratamento desta doença.