Nutrição e Atividade Física

Nutrição e Atividade Física

terça-feira, 14 de junho de 2011

Hipertensão

A hipertensão arterial é uma doença crônica, não transmissível, de natureza multifatorial, na grande maioria dos casos assintomática, caracterizada pelo aumento da tensão dos vasos sangüíneos, comprometendo a irrigação tecidual, danificando os órgãos por eles irrigados. De acordo com a OMS, considera-se hipertensão uma pressão arterial sistólica maior ou igual a 140 mmHg e diastólica maior ou igual a 90mmHg.
            Atualmente no mundo há cerca de 1 bilhão de pessoas hipertensas, sendo que no Brasil esse número gira em torno de 20 a 30 milhões de pessoas. É a doença mais prevalente em adultos no país, sendo considerada primeira causa de aposentadoria, responsável por 40% dos óbitos no país. Cerca de 85% dos pacientes que sofrem de derrame, e 50% dos infartados são portadores de hipertensão.
           

Classificação     Sistólica      Diastólica            Seguimento

Ótima             < 120              < 80                   Reavaliar em 1 ano
Normal          < 130              < 85                   Reavaliar em 1 ano
Limítrofe       130-139          85-89                Reavaliar em 6 meses

Hipertensão

Estágio 1 (leve)      140-159         90-99         Confirmar em 2 meses
Estágio 2 (moderada) 160-179    100-109      Confirmar em 1 mês
Estágio 3 (grave)     > 180            > 110       Intervenção imediata ou reavaliar em 1semana


            A hipertensão arterial pode ser considerada uma doença silenciosa, pois os seus sintomas não são percebidos pelo portador. A maneira mais indicada para detecção da hipertensão é a medição regular da pressão arterial, o que pode ser realizado através de esfigmomanômetro ou por monitorização ambulatorial (MAPA). Vale ressaltar que as medidas encontradas por este segundo método são menores do que as medidas clínicas.
            Entre as medidas preventivas, pode-se destacar a medida da PA (uma vez por ano pelo menos) e alterações no estilo de vida tais como: redução de peso, moderação no consumo de álcool e fumo, prática regular de atividade física, redução de sódio na dieta e aumento da ingestão de cálcio, potássio e magnésio. Vale lembrar que tal conduta é livre dos adversos efeitos colaterais dos medicamentos e pode ser realizada a baixo custo.
            O tratamento medicamentoso pode ser feito através de remédios com diferentes ações no nosso organismo como, por exemplo:

- DIURÉTICOS: Favorecem à perda hídrica, diminuindo o volume sangüíneo.

- VASODILATADORES: Promovem dilatação das artérias em geral. Geralmente não afetam a resposta da freqüência cardíaca durante o exercício. Porém, pode se ficar mais suscetível à hipotensão pós-exercício.

- BLOQUEADORES DE CÁLCIO: Diminuem a capacidade dos vasos em gerar tensão. Podem esconder os sintomas de isquemia e reduzir a resposta da freqüência cardíaca ao exercício.

- BETA BLOQUEADORES: Diminuem a atividade do Sistema Nervoso Autonômico sobre o coração. Reduzem a Freqüência cardíaca máxima e submáxima além da pressão arterial e algumas vezes a capacidade de realizar o exercício quando combinado com outros medicamentos.

ALFA BLOQUEADORES: Reduzem as respostas da pressão arterial sistólica e diastólica no exercício mas têm pouca influência sobre as respostas da freqüência cardíaca e VO2 no exercício.
            
 O exercício físico aeróbio para hipertensos tem como objetivo elevar o gasto energético, controlar a pressão arterial, melhorar a aptidão cardiorrespiratória, envolvimento de grandes massas musculares. Enquanto os exercícios de força visam aumentar a massa muscular e o metabolismo em repouso, controlar a pressão arterial em atividades estáticas ou dinâmicas do dia a dia.

Observações Finais
 - Não se exercitar caso a pressão arterial sistólica e diastólica em repouso estiverem maiores do que 150 mmhg ou 100 mmhg respectivamente.
- Em casos de emergência, indivíduos com elevação da PA e lesão aguda de algum órgão-alvo, necessitam de hospitalização e medicação parenteral. Já aqueles que só apresentam elevação da PA, devem receber medicação oral, além de serem cuidadosamente avaliados os motivos que levaram a esse aumento da PA.
- Prestar atenção ao medicamento utilizado no controle da pressão arterial, uma vez que a maioria desses medicamentos pode exercer uma influência negativa no desempenho das atividades (ex.: O indivíduo pode chegar mais rápido à fadiga.)
- Interromper o treinamento ao sinal de dores de cabeça e/ ou dores no peito.

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